quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Tome consciência da necessidade de planejar seu futuro financeiro.

Uma consultora de carreira apontou-me uma situação vivida por um de seus assessorados, a qual evidencia claramente o que a boa parte da população brasileira, principalmente os assalariados, também vive: a demissão de um emprego com boa remuneração e muitos benefícios, e a necessidade iminente de mudar o padrão de vida:
- Um superintendente de uma multinacional européia, que recebia entre salários e outros benefícios, a bagatela de R$ 30 mil mensais. Tudo andava bem, trocava de carro todo ano, os filhos, que viviam com a mãe viajavam para a Europa ou para a Disney uma vez a cada ano nas férias, a ex ganhava uma boa parte da sua renda para cuidar dos filhos, a nova mulher (com a metade da idade da ex, legítima esposa troféu) era linda, e desfilar com ela nos eventos era como se fosse a realização de seus sonhos. Em uma bela sexta-feira, quando chegou na empresa, alegre por estar chegando mais um final de semana quando passaria com a nova mulher na Serra curtindo um passeio romântico, teve uma terrível notícia, vinda diretamente da matriz européia, que devido à redução de custos a empresa estava eliminando alguns cargos, e com isso demitindo algumas pessoas, e ele estava incluído na lista. E agora, o que fazer? Não possuía nenhuma reserva a não ser os direitos que iria receber pela demissão sem justa causa. Estava desesperado pela situação, como iria manter o padrão de vida dos “meninos”, a ex iria cobrar na justiça a pensão, provavelmente a sua nova esposa-troféu o largaria, pois ele mesmo achava que ela estava com ele por causa de todo o glamour que ostentava com seu alto salário. Como último benefício à empresa lhe proporcionou uma assessoria para auxiliar na busca de uma recolocação, mas como estávamos no auge de uma grande crise mundial, era bem provável que teria de aceitar uma remuneração muito abaixo de sua anterior, mudar-se de cidade e ou estado, ficando longe dos filhos. Enfim, chegou na sua primeira consulta com a assessora de carreira, branco de pavor, e sua primeira declaração foi de que precisava urgentemente buscar uma nova colocação para conseguir manter um mínimo padrão, pois em todo o tempo de altos salários, nunca se preocupou em fazer uma reserva, mesmo que fosse um plano para a aposentadoria como um PGBL ou VGBL. O que possuía era o valor recebido do fundo de garantia, e mais o salário do último mês. Pelas contas, sobreviveria no mesmo padrão anterior, durante uns três meses no máximo. E agora?

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